domingo, 13 de setembro de 2020

O Palhaço





O Palhaço

Benjamim acha que perdeu a graça e sai em busca de significado

Cine Nacional

No AR em 05/05/2020 – 22:30

    O Circo Esperança atravessa estradas de terra do interior do país. A cada parada, um novo espetáculo e novas aventuras. Na “família” de 15 pessoas, a principal atração é a dupla de palhaços PuroSangue e Pangaré, na verdade Valdemar (Paulo José) e Benjamim (Selton Mello), pai e filho que dividem o picadeiro e, supostamente, a mesma vocação.

    A dupla é também responsável pela administração dos negócios circenses, geralmente com pouco dinheiro e muita solicitação do grupo talentoso e irreverente formado por músicos, trapezistas, acrobatas, anões e uma linda menina, Guilhermina, espectadora privilegiada de um mundo mágico e lírico. Apesar de levar o público às gargalhadas, Benjamim entra em crise e sai em busca de sua própria identidade. Seu maior sonho de consumo é modesto – um singelo ventilador – e até realizá-lo Benjamim viverá pequenas aventuras plenas de significado.

    Por vias tortuosas, Benjamim busca responder à indagação paterna: “Na vida a gente tem que fazer o que a gente sabe fazer. O gato bebe leite, o rato come queijo e eu sou palhaço. E você?”. Benjamim precisará de um tempo para descobrir.

Disponível em: <https://tvbrasil.ebc.com.br/>. (Com corte).

 

SER PALHAÇO


 Há várias histórias construídas a partir do palhaço, principalmente no que diz respeito a toda essa alegria, esse brincar constante no palco. Uma delas é que por detrás da máscara existe um homem triste e profundamente desiludido. Seu sorriso juvenil seria apenas aparente. A máscara, além de fazer parte da caracterização da personagem, seria um subterfúgio para escamotear certa tristeza no olhar. No palco, um ser alegre por excelência; fora dele, triste por condição. 

Eis alguns exemplos dessas histórias: Augusto Duarte, o célebre artista que agitou as platéias mineiras na década de 1880 e a quem se atribuía um passado triste, marcado por uma grande desilusão no amor. Truão impagável, espirituoso, realizador das mais hilariantes e bufas pantomimas, vivia, fora do palco, triste e desgostosamente. (DUARTE, 1995, p.198).

Ser palhaço


 Ser palhaço é se auto conhecer e adquirir coragem de se aceitar como se é. Revelando assim o verdadeiro ser humano que está por trás da máscara do palhaço e da nossa própria mascara cotidiana, que assumimos como autodefesa.